No sábado à tarde foi lançado durante a II Feira de Quadrinhos de Piracicaba o livro “Piracartum, homenagem a 32 cartunistas e ilustradores de Piracicaba nos 45 anos do Salão de Humor”, de autoria dos pesquisadores Adolpho Queiroz, Edson Rontani Júnior, Maria Luziano e Victor Kraide Corte Real, com financiamento público realizado pelo Fundo de Apoio à Cultura, do Conselho Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Ação Cultural e turismo da Prefeitura municipal.
O livro recupera a contribuição dos cartunistas nascidos ou residentes em Piracicaba, que desde 1947 tem destaca na imprensa da capital e da cidade. Através da imprensa local (Revista Mirante, Jornal de Piracicaba, A Gazeta, a Tribuna Piracicabana, O diário, Jornal do Povo Piracicabano, Aldeia, entre outros), foi possível construir e da espaço ao surgimento das primeiras gerações de artistas do campo, como Jic Mendes, Edson Rontani, Renato Wagner, Peninha, Lancast Morta, Douglas Mayer, entre outros.
Com a criação e desenvolvimento do Salão Interncional de Humor, a partir de 1974, despontou uma nova geração de autores, sob a liderança de Erasmo Spadotto, que hoje preside o Salão e o CEDHU, Eduardo Grosso, Willian Hussar, Érico San Juan, Maria Luziano, Fausto e Luccas Longo, Eduardo Caldari que desde o princípio criaram o grupo intitulado “Pamonhas e Piracicaba” e foram conquistando respeito por suas contribuições ao campo.
E por fim, há a nova geração dos coloristas que ilustram histórias em quadrinhos e mesmo trabalhando em Piracicaba, ganharam o mundo das HQs. Com seus trabalhos feitos para os sindicatos americanos, como Marcelo Maiolo, Rafael de Latorre, Andrei Bressan, Lucas Leibholz, entre outros.
Na apresentação que escreveu, como integrante do Conselho Editorial da Coleção AHA de Humor gráfico, o jornalista e diretor da Tribuna Piracicabana, Evaldo Vicente destacou a memória de um velho cartunista que passou pela cidade, de nome Sávio Frota, que perambulava pela cidade oferecendo seus serviços aos comerciantes do centro da cidade. Paulo Caruso, presidente da comissão organizadora do 45º Salão também destacou a riqueza e diversidade da nova história sistematizada pelos pesquisadores locais, mostrando que o compromisso da cidade com o humor gráfico é anterior ao Salão e, bem humorado sugere ao final “toma que o filho é teu”, recomendando que Piracicaba cuide bem dos herdeiros da tradição do humor gráfico na cidade.
Destaque corroborado pela Secretária de ação Cultural e turismo, Rosangela Camolese, que durante o lançamento destacou a importância do livro, “pois preservar a memória do Salão, mais do que uma necessidade e um reconhecimento, dá forças para todos nós que temos a responsabilidade de organizar anualmente este Salão, para que ele continue sendo um patrimônio insubstituível do calendário anual da nossa secretaria, do município, do país e do mundo.”
Também presente ao ato, o presidente do Comcult, Milton Mori, saudou a iniciativa dizendo que “ao vencer o concurso do FAC para a modalidade de literatura, os pesquisadores e os pesquisados por este livro, conseguem ajudar a escrever mais um rico capitulo da nossa história cultural.”
Falando em nome dos cartunistas, Érico San Juan destacou a importância desta obra, para a qual colaborou também com o projeto da capa e Eduardo Caldari que pediu a continuidade do projeto, contemplando ainda outros autores que não puderam ser incluídos desta vez.
O livro cumpre agora uma nova etapa com lançamentos aos alunos das escolas estaduais “Alfredo Cardoso” e “Jacanã Guerrini”, escolas municipais e universidades. A exposição com o mesmo tema será reaberta esta semana no Hospital da Unimed, depois segue ao Cristóvão Colombo, Fórum e Câmara Municipal.